A lingerie preta é uma peça clássica, sexy e nunca sai de moda. No entanto, nem sempre foi assim. Saiba mais.

 

História da lingerie preta

No começo do século 20, a maioria das lingeries eram confeccionadas em tecidos finos ou básicos, como algodão, seda e linho.

Eles não ganhavam cores fortes e iam do bege ao branco com poucas variações de tonalidades claras. Os detalhes eram femininos com laços e rendas em cores rosa ou azul claro, por exemplo.

 

Cor difícil

Além disso, os métodos de tingimento de tecidos naqueles tempos não eram bons. Essa cor desbotava muito fácil e as roupas acabam com manchas ou cinzas com o uso.

Não era durável e dava trabalho conservá-las. Depois foram sendo desenvolvidas técnicas mais avançadas para melhorar esse aspecto.

 

Luto

Já o preto era associado ao luto e a morte. Por isso, era usado por viúvas e significava a renúncia da sexualidade.

Esse costume de vestir o preto com esse propósito perdurou. Existia uma regra que determinava quanto tempo a mulher deveria vestir essa cor para demonstrar o luto e elas se tornavam não desejáveis perante a sociedade.

 

Visão estereotipada

Nos filmes hollywoodianos, as mocinhas vestiam roupas claras e as vilãs usavam preto e cores escuras. Além disso, o branco ficou relacionado a virgindade e pureza.

Já o preto associado a viúvas ficou ligado a mulheres que já conheciam o sexo e eram mais experientes.

Essa ideia ficou estigmatizada e no Brasil também era reproduzido em novelas e filmes por aqui.

 

Coco Chanel e status elegante

A estilista Coco Chanel foi uma das responsáveis por resgatar essa cor e colocou em evidência na alta costura até virar sinônimo de elegância. Em 1926 ela saiu na capa da revista Vogue vestindo preto.

 

Transformação em ícone sexy

Marilyn Monroe, símbolo sexual também usou muitos vestidos dessa cor na década de 50. Depois Audrey Hepburn imortalizou o tubinho preto com o filme Bonequinha de Luxo em 1961. A atriz virou símbolo de beleza e sensualidade naquela época.

Em 1978, o filme Grease – Nos tempos da Brilhantina mostrou a personagem principal fazendo uma transição de comportamento.

Ela aparece com uma roupa preta e de couro para deixar de ser inocente para ter uma atitude mais sexy e ousada ao final do filme conquistando de vez o coração do personagem de John Travolta. Dali para a tendência seguir para a lingerie foi um passo.

Ainda na década de 50 surgiram as pin-ups e as lingeries passaram a ser vistas como sexy impulsionadas pela criação da Victoria Secret’s na década de 70.

Até então, a lingerie era vista como uma peça de roupa para cobrir o corpo e passou a ser um item luxuoso e fashion.

Passou a ser uma ferramenta para a mulher expressar sua sexualidade e hoje ainda carrega esse estigma sexy e sedutor.

Além disso, a lingerie preta virou sinônimo de poder e autoridade com influências do BDSM. Atualmente é uma das mais vendidas e queridinhas das mulheres, além de estar ligada ao mistério e sofisticação.