O conceito de uma lingerie ser considerada sexy é algo que muda de acordo com o tempo, pois a moda é cíclica e os costumes e valores mudam.

No entanto, existem elementos que perduram a exemplo do que acontece com a calcinha de renda, transparência, entre outros.

Para entender melhor vamos voltar no tempo e descobrir o que era considerado sexy com a evolução das lingeries ao longo dos anos.

 

O começo

Em 1700, o corset dominava. A proposta era ter uma peça que apertasse a cintura para adequar o corpo ao padrão da época (ampulheta). Além disso, não tinha decote e os seios ficavam achatados.

Não tinha detalhes, as cores eram sóbrias e não era para ser visto, mas apenas dar formato ao corpo.

Já no século seguinte, a vestimenta íntima valorizava o quadril e projetava os seios, além de comprimir a cintura. Também ganhou tecidos finos, como seda e cetim.

 

Renda

A renda surge na lingerie de modo discreto e um pequeno detalhe era o suficiente. Ainda cobriam o corpo todo e alguns modelos eram até largos e fluidos. Nada de aperto.

Em 1900 quanto mais tecido a lingerie tivesse mais abastada era a família. Em 1920, um novo padrão de corpo surge deixando de lado os corsets apertados, além de ter ficado mais confortável na modelagem slip.

 

Corselet e bojos

Vamos dar um pulo para 1950, nessa época o corselet dominou e o bojo underwired surge sob modelos rendados.

Essa também foi a época das pin-ups e as lingeries de duas peças eram raras e apareciam apenas em fotos que circulavam no underground ou em momentos íntimos e especiais. Assim como cinta ligas e meia sete oitavos.

Na verdade, não tinha muita opção para as mulheres comuns e consideradas decentes. Socialmente o corpo ainda deveria ser escondido.

 

Liberdade sexual

Na década seguinte surgia a transparência e os sutiãs perdiam o aro de sustentação em um visual mais natural. A sexualidade é discutida e a liberdade das mulheres fica em evidência, pois estavam cansadas de ter o corpo apertado ou seguir um padrão.

 

Calcinha de renda

A calcinha de renda ressurge no guarda-roupa das mulheres nos anos 70, junto com o cetim, laços, padronagens variadas, além da transparência.

 

Influências

Bettie Page, a rainha das pin-ups dos anos 50 é redescoberta através de suas fotos pelas jovens em uma época que a pornografia deixa de ser crime e ela vira ícone da cultura pop.

Seu estilo e seus modelos de lingerie ficam populares com calcinhas de renda de cintura baixa, lingeries elaboradas com babados, decotes ousados e separadas em duas peças.

Na época em que a pin-up modelava as peças íntimas eram comportadas e o maiô predominava. Amante da costura, Page desenhava e fazia seus próprios modelos. Muitas de suas criações foram copiadas.

Já nos anos 80, as lingeries são bem femininas com laços e o body rendado e sexy cai no gosto das mulheres. Essa tendência segue até os anos 90.

Nos anos 2000, o couro e látex passam a fazer parte do repertório das lingeries sensuais por conta das influências do BDSM.

Desde então, a moda passa por um ciclo em que as tendências vão e voltam, mas alguns elementos permanecem. A tendência atual é incorporar as peças íntimas sexys em composições do dia a dia.